Clubes podem participar de gestão da Arena já neste ano

Qual torcedor não quer ir para um grande jogo com uma casa mais acolhedora e com a cara do seu time do coração? Claro que isso demanda tempo e muito planejamento para acontecer, mas é este o cenário que se imagina no futebol cearense, com a possível gestão compartilhada entre Governo do Estado, clubes e Federação Cearense de Futebol.

A proposta feita através da Secretaria do Esporte do Estado para que Ceará, Fortaleza e FCF (representando outros clubes interessados) possam participar da administração da Arena Castelão, a partir do término do contrato com a Luarenas (13 de dezembro deste ano), agradou aos dirigentes das agremiações, que veem a possibilidade de forma positiva.
“Não deixa de ser uma inovação, mas vamos estudar melhor o assunto. É preciso mensurar os valores de operação, com quem irá ficar essa responsabilidade quando a arena estiver funcionando em dias de jogos ou não. É interessante, também, que os clubes possam explorar todo o equipamento, como camarotes, lanchonetes e estacionamento. Tem que ser um modelo vantajoso para todas as partes: Governo, os clubes e principalmente o torcedor, que é o maior cliente”, disse o presidente do Ceará, Robinson de Castro, à reportagem do Diário do Nordeste.

Os pontos levantados pelo mandatário alvinegro vão ao encontro do que explicou Euler Barbosa, titular da Sesporte. O secretário garantiu que o Estado está preparado para a gestão direta do equipamento e que os principais objetivos da gestão compartilhada são manter o funcionamento correto da Arena Castelão, assim como a prevalência do futebol local.
“Foi proposto aos clubes que eles, por meio de uma empresa, participem da licitação. O contrato com a Luarenas acaba no dia 13 de dezembro e, a partir daí, o Estado passa a fazer a gestão de todo o equipamento. A ideia é que os clubes participem dessa gestão, pois entendemos que haverá muitos jogos importantes em 2019 e os lucros serão satisfatórios”, disse.

Euler Barbosa ainda ressaltou que o Estado receberá, ao fim do contrato com a Luarenas, o equipamento em toda a sua totalidade, incluindo estacionamento, lanchonetes, camarotes, entre outros setores. Os altos preços cobrados nos lanches na área interna são algumas das frequentes reclamações dos torcedores, que também enfrentam dificuldade nas bilheterias e no trânsito do estacionamento.

Reclamações
No último jogo que o Castelão recebeu, inclusive, onde mais de 57 mil torcedores presenciaram a vitória do Fortaleza sobre o Paysandu, pela Série B do Brasileirão, muitos torcedores enfrentaram dificuldades, tanto na entrada do equipamento como na área interna, onde vários assentos ainda se encontram danificados.
“Foi uma reunião muito boa para que seja feita uma gestão compartilhada entre o término do contrato atual e a licitação do ano que vem, onde Fortaleza e Ceará fariam a operação dos seus jogos e a Federação faria a operação de outros times. Fiquei esperançoso de que possa ter algo bom para o futebol cearense, Arena Castelão e o torcedor”, pontuou Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

Nova reunião
O prazo para o encerramento da licitação, ainda de acordo com o secretário Euler Barbosa, pode ir até outubro de 2019. O titular da Sesporte espera se reunir novamente com os representantes dos clubes e da FCF, na próxima semana, para dar seguimento ao planejamento.